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Tendências do Emprego Mundial em 2025
Publicado em 25 de janeiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se
Conforme estudos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), nas últimas três décadas, a parcela de trabalhadores que vivem em extrema pobreza (ganhando menos de US$ 2,15 por dia) caiu significativamente, refletindo o progresso global na melhoria dos padrões de vida. A entidade também afirma que, ao mesmo tempo, mais trabalhadores agora ganham acima de US$ 3,65 por dia, marcando uma mudança positiva na distribuição de renda. No entanto, esse progresso continua desigual, com a pobreza extrema persistindo em 2024, particularmente em regiões de baixa renda, destacando a necessidade de políticas direcionadas para garantir que ninguém seja deixado para trás.
Os estudos apontam que enquanto o desemprego mundial permaneceu estável em 4,9% em 2024, o desemprego dos jovens apresenta um cenário diferente. Os homens jovens enfrentam uma taxa de desemprego de 12,4%, e para as mulheres jovens, é de 12,3%. Para a OIT, esses números refletem barreiras sistêmicas a empregos decentes que deixam muitos trabalhadores jovens para trás, mesmo com a melhora das tendências gerais de desemprego.
A OIT destaca que o desemprego dos jovens continua mais alto em países de renda média-alta, onde 16% dos jovens estão desempregados. Em países de baixa renda, a taxa é menor, de 8%, mas isso geralmente reflete subemprego e trabalho informal, em vez de oportunidades significativas. Globalmente, 12% dos jovens ainda buscam melhores perspectivas, enfatizando a necessidade de soluções direcionadas para apoiar os jovens trabalhadores.
Um ponto de atenção, destacado pela OIT, é que a lacuna global de empregos diminuiu de 16% em 2004 para 9% em 2024, refletindo o progresso na redução do desemprego em todo o mundo. Porém, as mulheres ainda enfrentam lacunas desproporcionalmente maiores do que os homens, e isto deve ser analisado criteriosamente pelos países, como um lembrete gritante das desigualdades de gênero que persistem nos mercados de trabalho. Propor políticas de solução desse desequilíbrio será essencial para alcançar um crescimento inclusivo.
O novo relatório da OIT divulgado neste início de 2025 destaca que a recuperação do mercado de trabalho está perdendo força e, além disso, as tensões geopolíticas, os custos crescentes das alterações climáticas e os problemas de dívida não resolvidos estão a colocar os mercados de trabalho sob pressão.
A inflação é um vilão a ser combatido para que efetivamente tenhamos melhoria na renda dos trabalhadores, pois conforme a OIT, embora a inflação tenha diminuído no mundo, continua elevada, e isto reduz o valor dos salários. Segundo a OIT, os salários reais apenas aumentaram em algumas economias avançadas e a maioria dos países ainda está em processo de recuperação dos efeitos da pandemia e da inflação.
Os dados da OIT são passíveis de preocupação pelos formuladores de política de trabalho, pois no quesito de déficit global de emprego, o número estimado de pessoas que querem trabalhar, mas não têm emprego, atingiu 402 milhões em 2024. Isto inclui 186 milhões de desempregados, outros 137 milhões que são principalmente trabalhadores desencorajados e 79 milhões que gostariam de trabalhar, mas que têm obrigações, como cuidar de outras pessoas, que os impedem de ter acesso ao emprego. Embora a disparidade esteja em diminuição gradual desde a pandemia, espera-se que estabilize nos próximos dois anos.
E onde temos mais oportunidades de novos empregos? De acordo com o estudo da OIT, foi identificado potencial para o crescimento do emprego em energia verde e tecnologias digitais. Os empregos no setor das energias renováveis cresceram para 16,2 milhões em todo o mundo, impulsionados pelo investimento na energia solar e no hidrogénio. No entanto, estes empregos estão distribuídos de forma desigual, estando quase metade na Ásia Oriental.
A entidade internacional sinaliza que as tecnologias digitais também oferecem oportunidades, mas muitos países carecem das infraestruturas e das competências necessárias para beneficiar plenamente destes avanços.
O novo relatório da OIT faz algumas recomendações para enfrentar os desafios atuais, a saber: aumentar a produtividade: investir na formação, na educação e em infra estruturas para apoiar o crescimento econômico e a criação de emprego; expandir a proteção social: proporcionar melhor acesso à segurança social e condições de trabalho seguras para reduzir a desigualdade; e utilizar eficazmente os fundos privados: Os países de baixo rendimento podem aproveitar as remessas e os fundos da diáspora para apoiar o desenvolvimento local.
Neste cenário de informações sobre as tendências mundiais do emprego, cabe registrar que foi divulgado que o LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, acaba de divulgar a Lista Empregos em Alta 2025, que utiliza dados exclusivos da plataforma para identificar os 25 cargos com o crescimento mais acelerado no Brasil nos últimos três anos. O levantamento, liderado anualmente pelo time Editorial do LinkedIn, reflete as principais tendências do mercado de trabalho, que vão desde funções voltadas a operações estratégicas, saúde mental e sustentabilidade, além da recuperação de setores como turismo e eventos. Um fato que chama a atenção das informações obtidas do Linkedin é o de que neste ano, o primeiro lugar do ranking foi ocupado pelo cargo de Diretor(a) de Receita, que garante o alinhamento das equipes de marketing e vendas para maximizar as oportunidades de crescimento de uma empresa, seguido por Engenheiro(a) de Segurança de Processo e Neuropsicólogo(a), mostrando como o mercado de trabalho está respondendo aos desafios estruturais e estratégicos das empresas, além de atender às demandas comportamentais e humanas, enquanto se adapta às novas prioridades econômicas e sociais.
Esta realidade é desafiante de forma especial para os jovens que precisam ingressar no mercado de trabalho.