OLHAR SEDUTOR E FULMINANTE. DIFÍCIL RESISTIR AOS ENCANTOS DE TYRONE POWER
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Tyrone Power
Publicado em 29 de outubro de 2013
Por Jornal Do Dia
A beleza de Tyrone Power era excessão até mesmo dentro do padrão hollywoodiano. Não era um grande ator, mas também não era canastrão. Possuía algo inerente aos artistas carismáticos: presença cênica. Aprisionava a atenção do público, particularmente das mulheres, que viam nele a imagem do galã charmoso, simpático, fisicamente sedutor.
Foi em 1936, com "Loydes de Londres", que Tyrone Power iniciou a escalada que o transformaria no astro número 1 da 20th Century Fox. Aqui em Aracaju, os seus filmes – assim como todos os da Fox) eram exibidos invariavelmente no Cine-Teatro Rio Branco.
Esteve no Brasil duas vezes e, em 1938, conheceu Carmen Miranda e ficou encantado com a faceirice e o dengo da nossa Pequena Notável, a artista brasileira que fez carreira de sucesso em Hollywood, se tornou famosa no mundo inteiro e até hoje é cultuada como um verdadeiro ícone até mesmo por aqueles que não viveram a sua época de esplendor. Eterna e imutável.
Tyrone Power teve vários romances fora da tela, mas não resistiu à sedução de Annabella, casando-se em 1939. Em sua longa carreira fez múltiplos personagens: foi toureiro ("Sangue e Areia"), espadachim ("O Cisne Negro"), pianista ("Melodia Imortal"), cowboy ("Jesse James"), e, de espada, capa e máscara pretas, brilhou como Zorro, em "A Marca do Zorro". Nunca houve um Zorro como ele entre todos os atores que já encarnaram o herói nas telas do cinema.
Na maturidade física e artística, trabalhou com John Ford em "A Paixão de Uma Vida" e apareceu muito bem em "E Agora Brilha o Sol". Despediu-se da telona em "Testemunha de Acusação".
Em janeiro de 1949, Tyrone Power casou-se em Roma com Linda Christian. O casamento duraria até 1955, e o casal teria duas filhas: Romina Francesca e Taryn Stephanie.
Em maio de 1958, o terceiro e último casamento, com Debbie Anne Minardos, que, ao contrário de Linda Christian, não tinha aspirações cinematográficas e vivia em paz com o maridão.
Ainda em 1958, o ator embarcou para a Espanha, a fim de participar de "Salomão e a Rainha de Sabá", ao lado de Cina Lollobrigida. Sentiu-se mal de repente, durante as filmagens, numa cena em que duelava com George Sanders, vindo a falecer na ambulância que o levaria para um hospital de Madri.
Tyrone Power, um dos maiores símbolos sexuais da história do cinema, tinha apenas 45 anos de idade. Comoção geral. Milhares de fãs ficaram na orfanidade, contentando-se em rever os seus filmes nas sessões nostálgicas da TV, hoje muitos deles disponíveis em DVD.
Uma tia minha, antes de falecer, em 2002, a romântica tia Zeferina, que tinha várias fotos autografadas do seu ídolo, costumava repetir: "Que Tom Cruise que nada! Bonito e gostosão era mesmo o meu Tyrone Power!"
(Resumo do capítulo 32 do meu livro inédito "101 Ícones do Cinema que Nunca Sairão de Cena")