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A ameaça de volta


Publicado em 23 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou ontem uma campanha para estimular a adesão à campanha de vacinação contra a poliomielite. E fez muito bem. A queda na cobertura vacinal entre os brasileiros é sintoma preocupante de desinformação, com grande potencial de letalidade.
O Brasil tem registrado queda de coberturas vacinais desde 2015. No caso da poliomielite, a preocupação de pesquisadores é que o movimento de queda coincide com novos casos em locais em que a doença já estava erradicada, a exemplo dos Estados Unidos, Malawi e Israel.
A ausência de cobertura vacinal traduz perfeitamente o desemparo das políticas públicas de saúde no Brasil dos últimos anos. Neste particular, a maior parte do trabalho já tinha sido realizado em governos passados, responsável pela erradicação do vírus do sarampo e da própria poliomielite, por exemplo. Mas as autoridades sanitárias dormiram no ponto e a população passou a ver o Zé Gotinha pelas costas, movidas por receio infundado. Agora, os gestores precisam correr atrás do prejuízo.
O último caso de poliomielite confirmado no Brasil foi registrado em 1989. Nem por isso, contudo, convém baixar a guarda. A insuficiência de campanhas capazes de informar a população sobre a importância da imunização trouxe velhos fantasmas de volta à ativa. Sarampo, pólio, difteria, tétano e até febre amarela. Embora os livros de história lembrem o esforço de Oswaldo Cruz, médico sanitarista responsável pela erradicação de endemias, ainda no século XIX, basta um descuido para colocar tudo a perder.

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