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A crise do transporte


Publicado em 03 de fevereiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Enquanto os empresários reunidos no Setransp reclamam dos desequilíbrios econômicos impostos pela pandemia, rodoviários em greve reivindicam a observação de simples direitos trabalhistas. De braços cruzados desde a última segunda-feira, eles exigem o pagamento de salários atrasados, férias, revisão salarial. Ninguém pode negar, os trabalhadores defendem a causa mais justa.
A situação é de imprevisibilidade. Ainda que a mobilização dos rodoviários seja completamente contornada, a insegurança que paira sobre centenas de empregos permanecerá afligindo estes trabalhadores. Trata-se aqui de um serviço de natureza essencial, com o potencial de afetar o cotidiano de toda a Grande Aracaju. Se a atual paralisação se estender por muito tempo, se novas paralisações ocorrerem, o prefeito Edvaldo Nogueira estará em maus lençóis, metido em uma calça justa.
De fato, o setor enfrenta problemas desde o início da pandemia. Ao fim do ano passado, a demissão de centenas de trabalhadores expôs as dificuldades alegadas de maneira dramática. Na ocasião, a Prefeitura de Aracaju foi cobrada a adotar medidas capazes de preservar empregos. Até agora, contudo, nada de concreto foi feito, nenhuma providência mais robusta foi tomada.
As dificuldades dos empresários podem até ser pontuais, derivadas das circunstâncias excepcionais de uma pandemia. Mas o problema de fundo é já muito antigo. O transporte coletivo de passageiros, a face mais saliente dos problemas de mobilidade enfrentados nas ruas da capital sergipana, precisa ser pensado com mais atenção. Sem a sempre adiada licitação do serviço, um compromisso de campanha negligenciado por Edvaldo, qualquer iniciativa nesse sentido resultará insuficiente.

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