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Apesar de Bolsonaro
Publicado em 19 de abril de 2022
Por Jornal Do Dia Se
“Bolsonaro minimizou a letalidade do vírus e as perdas humanas derivadas da pandemia”
Bolsonaro não aprende. Ainda hoje, 660 mil mortes de pois, o governo brasileiro segue na contra mão da prudência e das recomendações da Organização Mundial de Saúde. O fim do estado de emergência sanitária, anunciado pelo ministro da Saúde em rede nacional de rádio e televisão, flerta com o perigo.
Segundo o ministro Marcelo Queiroga, o anúncio foi possível por causa da melhora do cenário epidemiológico, da ampla cobertura vacinal e da capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele não disse, contudo, que todas as medidas elencadas contrariaram a disposição declarada do presidente Bolsonaro.
Trata-se aqui de episódios recentes, a salvo de eventuais lapsos de memória. Bolsonaro minimizou a letalidade do vírus e as perdas humanas derivadas da pandemia. Também fez pregação antivacina, além de mover céus e terras a fim de promover remédios sem eficácia. O presidente brasileiro argumentou em favor de mortes desnecessárias, tendo em vista prejuízos incontornáveis na economia.
Felizmente, o Brasil não é mais uma ditadura, um País submetido ao poder discricionário de quem seja. Não fosse a atuação do Supremo Tribunal Federal, ao referendar a autonomia de estados e municípios na gestão da crise, e do Congresso Nacional, ao conceder auxílio financeiro aos brasileiros mais vulneráveis, os efeitos do vírus seriam ainda mais agudos. Se hoje os brasileiros parecem mesmo prestes a virar a página e superar a pandemia, não é por obra e graça do governo federal, mas apesar de Bolsonaro.