A candidatura de Danielle Garcia à PMA será lançada na noite desta segunda-feira
**PUBLICIDADE
Danielle é candidata
Publicado em 03 de fevereiro de 2020
Por Jornal Do Dia
Se as eleições fossem hoje o prefei to Edvaldo Nogueira (sem parti do) e a delegada Danielle Garcia (Cidadania) estariam empatados tecnicamente e iriam para uma disputa no segundo turno. É o que mostra resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Certa, feita entre os dias 27 e 30 de janeiro, após entrevistar 704 pessoas num universo de 407.888 eleitores de Aracaju, em 39 bairros da Capital. A margem de erro é de 3,75 pontos percentuais para mais ou para menos e grau de confiança de 95%.
A pesquisa foi registrada no dia 24 de janeiro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE) com o número 03021-2020, e foi encomendada pelo Cidadania, comandado no estado pelo senador Delegado Alessandro Vieira. A também delegada Danielle Garcia aparece com 21,88% e o prefeito Edvaldo Nogueira com 21,31%. Em terceiro lugar aparece o ex-deputado Valadares Filho (12,50%), em quarto o deputado e radialista Gilmar Carvalho (11,36%), em quinto o ex-prefeito Almeida Lima (1,70%), em sexto Márcio Macêdo (1,42%), em sexto Rodrigo Valadares (1,14%) e em sétimo o ex-prefeito Henri Clay (0,99%). Votariam Branco/nulo 10,37% e não sabe/nenhum 17,33%.
A pesquisa também fez mais dois questionários: um colocando o nome da vereadora Emília Correa (Patriota) e outra o nome do ex-vereador Dr Emerson (Cidadania). Nesses dois cenários, o prefeito Edvaldo Nogueira lidera as intenções de voto.
Em um segundo turno, a pesquisa mostra a intenção do eleitor em votar na delegada Daniele Garcia, que terá o seu nome lançado nessa segunda-feira (3) como pré-candidata a prefeita pelo Cidadania, e também em Emília Correa, vindo Edvaldo em segundo lugar.
Veja o resultado geral da pesquisa induzida, que tem oito cenários, e o grau de rejeição dos nomes colocados que já declararam intenção de disputa pela Prefeitura de Aracaju nas eleições deste ano:
PRIMEIRO TURNO
Cenário 1: Del. Danielle Garcia 21,88%; Edvaldo Nogueira 21,31%; Não sabe/nenhum 17,33%; Valadares Filho 12,50%; Gilmar Carvalho 11,36%; Branco/nulo 10,37%; Almeida Lima 1,70%; Márcio Macêdo 1,42%; Rodrigo Valadares 1,14%; Henri Clay 0,99%
Cenário 2: Edvaldo Nogueira 21,02%; Emília Corrêa 18,32%; Não sabe/nenhum 18,04%; Valadares Filho 12,50%; Gilmar Carvalho 12,22%; Branco/nulo 11,65%; Almeida Lima 1,85%; Henri Clay 1,85%; Márcio Macêdo 1,56%; Rodrigo Valadares 0,99
Cenário 3: Edvaldo Nogueira 22,44%; Valadares Filho 14,35%; Gilmar Carvalho 13,21%; Dr. Emerson 11,51%; Henri Clay 1,70%; Márcio Macêdo 1,42%; Almeida Lima 1,28%; Rodrigo Valadares 0,71%; Não sabe/nenhum 20,60%; Branco/nulo 12,78%
SEGUNDO TURNO
Cenário 1: Del. Danielle Garcia 40,20%; Edvaldo Nogueira 30,11%; Não sabe/nenhum 16,90%; Branco/nulo 12,78%
Cenário 2: Emília Corrêa 36,22%; Edvaldo Nogueira 32,39%; Não sabe/nenhum 17,19%; Branco/nulo 14,20%
Cenário 3: Edvaldo Nogueira 34,38%; Dr. Emerson 30,26%; Não sabe/nenhum 19,32%; Branco/nulo 16,05%
Cenário 4: Edvaldo Nogueira 32,24%; Gilmar Carvalho 32,24%; Não sabe/Nenhum 19,18%; Branco/nulo 16,34%
Cenário 5: Edvaldo Nogueira 34,09%; Valadares Filho 25,71%; Não sabe/nenhum 19,89%; Branco/nulo 20,31%
Rejeição: Almeida Lima 26,99%; Edvaldo Nogueira 23,15%; Valadares Filho 14,35%; Gilmar Carvalho 4,97%; Márcio Macêdo 3,13%; Henry Clay 1,85%; Rodrigo Valadares 1,85%; Del. Daniele Garcia 1,42%; Dr. Emerson 1,14%; Emília Corrêa 0,85%; Não sabe/nenhum 17,47%; Branco/nulo 2,84%.
Volta do Legislativo
O governador Belivaldo Chagas fará um discurso de otimismo na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira, às 15 horas. Deputado estadual por quatro mandatos, o governador fará um balanço das realizações em 2019 e projetos para o futuro.
Na terça-feira, será o prefeito Edvaldo Nogueira quem vai à Câmara Municipal. Como Belivaldo, fará discurso otimista.
Câmara dos Deputados, Senado e STF também voltam a funcionar na segunda-feira.
Teoricamente, o país volta ao normal.
Grandes acordos
A política sergipana sempre foi marcada por alianças surpreendentes e até mesmo desconcertantes. Tradicionais adversários políticos, do nada, decidem por acordos celebrados por baixo dos panos como se representassem a salvação da cidade ou do estado, quando na verdade podem salvar apenas seus grupos políticos de um vexame eleitoral.
O ex-governador Jackson Barreto patrocinou dois dos maiores acordos já registrados no estado: em 1985, quando provocou o rompimento do então governador João Alves Filho com a família Franco, e em 1998 quando, ele próprio, se aliou ao então governador Albano Franco, tradicional adversário desde os tempos de faculdade.
Na primeira vez, quando do restabelecimento das eleições diretas para prefeitos das capitais, Jackson era o favorito em todas as pesquisas e possivelmente ganharia sem qualquer aliança, mas defendeu com entusiasmo o acordo com João Alves. O governador rompeu com os Franco, exonerou Heráclito Rollemberg da PMA – durante a ditadura militar os prefeitos das capitais eram indicados pelos governadores – e nomeou o deputado federal José Carlos Teixeira, correligionário de JB no PMDB, como prefeito para um mandato tampão. Na eleição, Jackson obteve 72% dos votos válidos, a maior votação proporcional do país. Gilton Garcia, o candidato dos Franco, acabou em terceiro lugar perdendo também para o jovem petista Marcelo Déda, na época com 25 anos.
O segundo ‘acordão’ foi ainda mais surpreendente. Em 1994, Jackson comandou uma frente de centro-esquerda na disputa pelo governo do estado contra Albano Franco, favorito em todas as pesquisas. JB surpreendeu e derrotou Albano no primeiro turno. Perdeu no segundo turno, com o uso escancarado da máquina pelo então governador João Alves. Apesar da derrota, Jackson consolidou o seu nome como líder da oposição, gerando uma grande expectativa em torno de um novo confronto entre os dois em 1998, o que acabou não ocorrendo. Estimulado pelo prefeito de Aracaju, João Gama, antigos aliados e familiares, JB fechou acordo com Albano indicando Benedito de Figueiredo como candidato a vice-governador, e ele candidato ao senado. As coisas não saíram como esperado, João Alves decidiu também disputar o governo, levando a disputa para o segundo turno, enquanto Jackson enfrentou a sua primeira derrota eleitoral.
Depois de Déda ter sido eleito prefeito de Aracaju em 2000 e Lula presidente da República em 2002, foi possível construir uma ampla aliança para por fim ao domínio eleitoral no estado de João Alves Filho e Albano Franco. A tranquila reeleição de Déda na PMA em 2004 abriu caminhos para a disputa do governo em 2006, mais uma vez contra João. A aliança de Déda reuniu lideranças de todos os lados, boa parte descontente com João e Albano. A vitória consagradora em 2006 não impediu que Déda ampliasse ainda mais a aliança em 2010 para garantir a sua reeleição. Foi nesse pleito que a já ampla coligação liderada pelo PT incorporou personalidades mais complexas, como os irmãos Amorim e André Moura. Déda venceu, mas teve que enfrentar embates duros com os novos aliados, que dificultaram ao máximo a sua gestão, a partir do controle da Assembleia Legislativa.
Jackson Barreto fez novos acordos quando disputou o governo em 2014 e o governador Belivaldo Chagas repetiu o mesmo em 2018. Hoje Belivaldo governa com todas as forças que participaram da sua eleição, da mesma forma que seus antecessores, e o que pratica hoje o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira.
Na política moderna governa-se com aliados. Nenhum segmento deve servir apenas como trampolim eleitoral, sob pena de graves crises política e administrativa. Como JB e Déda praticaram à exaustão.
Igualdade racial
Foi oficializada na última quarta-feira, por meio do Diário Oficial da União, a adesão da Prefeitura de Aracaju ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). Com vigência ilimitada, a adesão possibilitará que a capital sergipana tenha acesso prioritário aos recursos do governo federal destinados às políticas públicas de promoção da igualdade racial.
Para o município ou estado aderir ao sistema, é necessário que haja, ao menos, um órgão público voltado à promoção da igualdade racial na estrutura pública local e um Conselho de Promoção da Igualdade Racial em funcionamento. Em Aracaju, isso somente foi possível, devido a criação da Diretoria de Direitos Humanos da Assistência Social e a instalação do Conselho Municipal de Participação e Promoção da Igualdade Racial, ambos conquistados na atual gestão.
Para a secretária da Assistência Social, Simone Passos, com essa assinatura, Aracaju fortalece as políticas de enfrentamento e o combate à discriminação racial. "Buscando tornar a cidade cada vez mais humana, a Prefeitura de Aracaju já desenvolve uma série de ações pelos quatro cantos da cidade e apoia iniciativas que têm como objetivo conscientizar e enfrentar os problemas sociais relacionados às questões raciais. Estamos muito felizes com a sensibilidade do prefeito Edvaldo Nogueira, que não mediu esforços para aderir ao sistema, que será muito importante para combatermos o preconceito e a discriminação racial em Aracaju", disse.
Sobre aposentadorias
O secretário da Previdência, Rogério Marinho, estimou que haverá uma redução significativa nas filas para concessão de benefícios no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) dentro de seis meses, a partir da efetivação das medidas que estão sendo tomadas para a contratação de pessoal para reforçar o atendimento nas agências.
"Seis meses a partir da efetivação das medidas que foram propostas. Porque a ideia é que nós tenhamos um milhão de requerimentos por mês. A ideia é termos os processos dentro do limite de 45 dias, que a lei preceitua", disse Marinho.
Deverão ser contratados, a partir da publicação de Medida Provisória (MP), 7 mil funcionários, incluindo militares e aposentados. Parte será direcionada para o atendimento à população nas agências, mas somente poderá fazer os processos de concessão de benefícios os funcionários do INSS, incluindo os aposentados. Uma das dificuldades é realização de perícias médicas, pois em alguns lugares do país há falta de peritos, o que também deverá ser abrangido pela MP.
Com Agencias