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De mal a pior
Publicado em 17 de fevereiro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Mais da metade dos sergipanos ocupados de algum modo, apesar de todos os pesares, encontram-se em situação de trabalho precário, na informalidade. Tal dado, dos mais relevantes, contraria as alegações de recuperação da atividade econômica sempre presentes no discurso do governador Fabio Mitidieri.
Foi assim na abertura dos trabalhos legislativos, há poucos dias, quando Mitidieri demonstrou infundado entusiasmo com o mercado de trabalho em Sergipe. Em verdade, a situação no estado vai de mal a pior, não há esperança razoável de transformação positiva no horizonte.
A informalidade no mercado de trabalho em Sergipe é uma das maiores do Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,9% da população ocupada exercem atividades informais. Pior do que Sergipe nesse quesito somente os estados do Maranhão (57,8%), Pará (57,4%), Amazonas (54,6%), Piauí (53,4%), Ceará (53,0%) e Bahia (52,1%).
Em termos de criação de oportunidades, a necessária geração de emprego e renda, Sergipe segue na contramão da tendência nacional, de uma queda sensível no desemprego. Por aqui, não há investimento notável, não há plano traçado, orientado pela necessidade de empregar a enorme massa de trabalhadores abandonados na rua da amargura. Neste particular, lamentavelmente, a gestão Mitidieri deixa muito a desejar.