DIA 31 DE AGOSTO DE 2016, DATA PARA NÃO SER ESQUECIDA
Publicado em 31 de agosto de 2023
Por Jornal Do Dia Se
* Rômulo Rodrigues
A data de hoje, 31 de agosto, não pode passar em brancas nuvens; em 2016, ela se repetiu como uma farsa, já que a tragédia fora proclamada em 17 de abril na câmara dos deputados.
Naquela sessão 367 deputados e deputadas federais votaram SIM pela abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, aberto por uma acusação de suposto crime de responsabilidade fiscal, calcado em um neologismo amplamente massificado como pedaladas fiscais.
No palco de teatro do absurdo os que votaram SIM se esmeraram nas maiores bizarrices inimagináveis, como: A acintosa e criminosa homenagem ao excremento de ser humano criminoso e torturador, coronel do exército Brilhante Ustra, reverenciado como o terror de Dilma Rousseff; pelo fim da corrupção; por uma nova ordem; pela oportunidade de ter uma vida melhor; pelo exército brasileiro; pela lava jato; contra os que estão roubando o Brasil; Contra as negociações de cargos no governo federal; pela honestidade de ACM Neto; pela dignidade da mulher negra baiana; por Deus, pela Pátria, pela Família e mais uma centena de absurdos e impropérios insanos.
O que houve e acaba de ser desmascarado, 7 anos passados, foi um golpe parlamentar, político, jurídico e midiático para derrubar da presidência da República uma mulher, por ser mulher e ter sido reeleita, por ser honesta e por ser exemplo de resistência à ditadura militar de 1964.
A montagem teatral bizarra e farsesca captada, pelo telefone, do então senador Romero Jucá dizia que era preciso tirar a Dilma para evitar a sangria que, no fundo, era a não tolerância com os malfeitos dos que planejaram o golpe com o supremo com tudo.
Os autores da peça teatral escrita sob o domínio do ódio, do rancor e insignificância caíram como 3 luvas; Miguel Reali Junior, filho de Miguel Reali, membro destacado do Partido Integralista, de extrema direita, subproduto do nazi fascismo das décadas de 1940 e 1950, inimigo figadal da democracia; Hélio Bicudo, que teve sua ascensão como promotor público do estado de São Paulo ao se destacar nas denúncias dos esquadrões da morte das polícias do estado e se elegeu vice prefeito da capital paulista e deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores e reivindicava ser nomeado embaixador pelo governo Lula e, ao ser preterido, revelou todo seu rancor incontido; Janaina Paschoal, uma pretensa jurista que aceitou a empreitada por 45 moedas ou, R$ 45 mil, pagos pelo PSDB que não aceitou o resultado expresso nas urnas.
Da Câmara dos Deputados para o senado federal foi um pulo e como anunciou o crápula presidente, Eduardo Cunha, o golpismo tinha pressa por que os que queriam se apoderar das riquezas como o Pré-sal, exigiam resultados pelos pagamentos efetuados e prometidos e em 4 meses e 14 dias o crime foi consumado. Por 60 votos Sim e 20 Não, a casa maior derrubou uma presidenta honesta, sem crime.
Resultado imediato, uma figura execrável como Michel Temer assume o comando do País e começa a pagar as faturas com o patrimônio industrial e tecnológico da Nação por meio de vergonhosas negociatas.
Sob o domínio da organização criminosa lava jato, surge uma multidão de vermes que a sociedade não teve coragem de aniquilar com a lei da anistia e a constituição cidadã e, para substituir o ignóbil Michel Temer, surge uma coisa amorfa, com passado aviltante e futuro destruidor chamado Jair Messias Bolsonaro, que sequer serviu para o serviço militar cheio de manchas.
Passados 7 anos da consumação da farsa, vem o resgate da história para lembrar às pessoas aquilo que elas não querem lembrar; onde está JoyceHanselmann que 5 minutos depois da proclamação do resultado do 2º turno de 2014, exigiu através da TV Veja, o impeachment da presidenta reeleita?
Cadê Aécio Neves que não aceitou a derrota e voltou à tribuna do senado para pregar a ingovernabilidade para Dilma Rousseff? Por onde andam o vampiro Michel Temer, o golpista Romero Jucá, o Pé na Cova Eduardo Villas Boas, os canalhas do TRF-4 e os 60 senadores que sacramentaram o golpe?
De concreto, já sabemos que Sergio Moro está a caminho do cadafalso, Deltan Dallgnol já foi cassado e a familícia Bolsonaro está em processo acelerado de sangria e com celas reservadas na Papuda e Colmeia.
Mas, com a prevalência da implacável Lei do Retorno, Lula foi eleito para o 3º mandato presidencial e anuncia que O Brasil Voltou, já está consagrado como um dos maiores Estadista do momento e a Presidenta Dilma Rousseff julgada inocente e está vendo o golpe ser declarado Golpe de Estado e se destaca ante o mundo como presidenta do Banco do BRICS que acaba de ser ampliado de 5 para 11 países, com 46% da população da terra e 36% do PIB global, e a partir de 2004 reunirá os países detentores das maiores reservas de Petróleo e Gás do mundo além de produtores de Grãos e Alimentos.
* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político