Dia do Trabalho

Milhões de brasileiros desempregados não têm motivos para comemorar o feriado, nem condições de descansar à beira mar, ir à praia. Muito ao contrário. No Dia do Trabalho, os infelizes na rua da amargura dariam tudo colocar a mão na massa.
O desemprego cresceu muito ao longo dos últimos anos. Fala-se aqui em dezenas de milhões de desempregados, uma das maiores taxas de desocupação da História.
Este é um fenômeno mundial, o brasileiro não está sozinho em desgraça. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, o emprego informal já representa mais de 60% das vagas de trabalho existentes em todo o mundo. São pessoas que, cansadas de dar com a cara na porta em busca de uma oportunidade, arregaçaram as mangas para colocar comida na mesa de qualquer jeito, como podem.
Enquanto nas economias mais ricas, a média de vagas informais ficava em 18,3%, no auge da crise, há alguns anos, nos países em desenvolvimento e de menor renda o índice saltava para 79%. Ou seja, um trabalhador vivendo em uma nação com economia mais frágil tem quatro vezes mais chances de ocupar um posto informal do que aqueles em áreas com melhores indicadores.
É justamente o caso do Brasil de hoje, ainda em vias de retomar o rumo de uma economia estável e sólida, uma questão de estratégia. As reformas que prometiam criar milhões de vagas no mercado de trabalho resultaram em um País de economia vulnerável, onde o trabalhador faz o que pode para não morrer de fome.
Neste 1º de maio de 2023, apesar da feliz sucessão no primeiro escalão da República, o desemprego continua em pauta para muita gente.