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Economia fala grosso


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Publicado em 28 de fevereiro de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Uma decisão estritamente eleitoreira revogou a cobrança de impostos federais que incidem sobre o comércio de combustíveis no Brasil. Uma decisão política prorrogou a colher de chá estendida aos consumidores, apesar do alto custo assumido pela União. Agora, a economia volta a falar grosso. A isenção acaba hoje, não adianta choro, nem vela.
Às vésperas da eleição, o governo de Jair Bolsonaro zerou as alíquotas da Cide e do PIS sobre os combustíveis até dezembro do ano passado. Lula assumiu e decidiu prorrogar a isenção, depois de uma queda de braço que contrapôs, de um lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e, de outro, a ala política do governo. A Medida Provisória que prorrogou a desoneração expira hoje.
O oportunismo de Bolsonaro não poderia ter se manifestado em momento menos sensível, quando a volatilidade do mercado internacional de petróleo coincidiu com uma campanha presidencial. Bolsonaro temia que um novo aumento da gasolina enterrasse a sua candidatura à reeleição de uma vez por todas. Para renovar o seu mandato, ele considerou, seria proveitoso até mesmo torrar a Petrobras nos cobres, a qualquer custo, a preço de banana.
Pouco a pouco, o governo Lula se depara com a realidade concreta da gestão federal, após a bagunça fiscal promovida nos anos de Bolsonaro. O desafio de organizar a casa e ainda realizar os investimentos indispensáveis ao crescimento do País é imenso. Com a chave do cofre em mãos, é imperativo fazer as contas, sem chance de erro.

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