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Entre o céu e o inferno


Publicado em 07 de setembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


O Censo 2022 apontou que 2.449 pessoas em Sergipe viviam em domicílios improvisados

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O eleitor atento aos debates travados em grande parte dos municípios sergipanos certamente já se espantou com a visão extremada dos candidatos à sucessão. Enquanto a situação pinta uma realidade fantasiosa, um verdadeiro céu de brigadeiro, a oposição alardeia a catástrofe imposta ao município. Entre o céu e o inferno do discurso eleitoreiro, alarga-se o deserto de ideias.
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Há problemas concretos a serem enfrentados pelos futuros prefeitos, no entanto. Entre os desafios mais urgentes, o de colocar um teto sobre a cabeça de todos os sergipanos, moradia digna, como determina a Constituição.
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O Censo 2022 apontou que 2.449 pessoas em Sergipe viviam em domicílios improvisados, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Fala-se aqui de tendas, barracos, marquises, gente dormindo ao relento.
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O levantamento do IBGE não inclui, contudo, imóveis localizados em favelas, domicílios sobre estabelecimentos comerciais ou aqueles construídos em taipa e madeira em terrenos particulares. Ou seja, o número de sergipanos em moradias precárias é muito maior.
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A moradia é apenas mais um entre os direitos fundamentais ainda em vias de ser efetivamente respeitado pelo poder público, apesar de consagrado pela Constituição. Infelizmente, os candidatos dispostos a mover céus e terra para conquistar um mandato, pouco se atém às carências reais da população.
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