FOI PIADA NO PASSADO, HOJE É PURA REALIDADE

Rômulo Rodrigues

E o interessante é que esse passado nem é tão distante assim; é de um tempo recente em que os maduros lembram e os jovens não se interessam.
Vamos situar dois tempos no mesmo tempo, quando existia a prática de se emitir como forma de pagamento qualquer uma folha de papel chamada de cheque e, os amigos se reuniam para jogarem conversas fora e contarem piadas.
Como a folha de cheque foi substituída pelo PIX e a reunião presencial de bate-papo pela virtual via celular, o que resta para quem quer preservar o objeto de estimação chamado memória é a lembrança de alguma piada relevante que possa ser comparada à realidade, atropelando a virtualidade tecnológica.
Se, é assim, então tá! Não faz muito tempo, mas é passado. Consta que um cidadão do bem, ao voltar para casa antes do combinado, em plena luz do dia, flagra em seu lar uma cena de adultério entre sua companheira e seu amante.
Indignado mas, mantendo a calma, sem fazer alarde, abandona o local e vai se recolher em uma hospedaria modesta, mas tranquila.
Momento seguinte vai até uma autoridade competente e registra uma queixa pedindo a separação por adultério e gozação.
O juiz que posteriormente presidiu a audiência convocou as partes e nas oitivas, ficou estarrecido com as explicações do requerente ao falar sobre o item, gozação.
Doutor, fiquei em estado de choque ao flagrar a cena de adultério, mas o que me indignou foi a ofensa em tom de gozação, quando ela disse: Fique parado ai e veja como se satisfaz uma mulher na cama.
E é exatamente isso que em cio permanente a cadela do fascismo está fazendo com o STF, com a Constituição Cidadã e com a pátria; traição, com altíssimo grau de zombaria e gozação.
Ao seu estilo, em sintonia com seus comandantes militares, o presidente Jair Bolsonaro vai exercitando seu peculiar papel de criar crises e factoides que tumultuem ao máximo o ambiente político e econômico, enquanto os institutos do mercado financeiro fabricam pesquisas que mantenham o rebanho com esperança de vitória, de qualquer jeito.
Inaceitável que a grande mídia continue sua escalada de desinformação que elevou um juiz bandido a herói e teve como consequência de sua atuação a eleição de Bolsonaro e o ressurgimento do fascismo.
Para instigar o cio da cadela do fascismo, chegou ao Brasil, na sequência da graça de Bolsonaro ao miliciano deputado federal, Daniel Silveira, a subsecretária de Estado dos EUA, Victória Nuland, a mesma que desencadeou o golpe na Ucrânia em 2014, em que gastou 5 bilhões de dólares na derrubada de um governo eleito pelo voto popular, alinhado com a Rússia, para colocar em seu lugar o atual, comediante de televisão, para a ascensão do nazifascismo, determinando como a Ucrânia deveria ser governada e permitir instalações de bases militares americanas a 3 minutos para atingir Moscou.
Na guerra deflagrada, a Rússia descobriu que, os EUA escondiam 36 laboratórios de armas biológicas em território ucraniano, alguns ligados ao filho de Joe Biden.
É bom lembrar que quando os EUA invadiram o Iraque, mentiram que aquele país desenvolvia armas biológicas e depois de matarem dezenas de milhares de civis, entre os quais mulheres e criançasfoi constatado que não havia laboratório algum, mas os americanos ficaram o Petróleo e o Ouro iraquiano.
A estratégia militar de atacar o STF e desqualificar o sistema de votação faz parte da receita da subsecretária americana para aprofundar o golpe de 2016.
Os recentes ataques de generais fardados e de pijamas ao ministro Barroso do STF, com ameaças de que o exército está pronto, tem que merecer uma resposta imediata da sociedade civil que deve cobrar; pronto para quê? Para decretar sigilo de 100 anos em transporte de Cocaína em avião presidencial para a Europa? Proteger integrantes da marinha que adulteram senha de motel em Belém do Pará para abusarem sexualmente de garotas menores de idade? Ou para novas licitações de KY Gel, Próteses penianas, Whyski, picanha e leite condensado?
Querem saber de uma coisa? Vão trabalhar que não é de suas competências tutelarem os poderes da República.

Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político.