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Grande estreia no Cine Vitória


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Publicado em 22 de setembro de 2021
Por Jornal Do Dia


Aranha é a primeira grande estreia do ano

 

Rian Santos
O longa chileno ‘Ara
nha’, coproduzido 
com Brasil e Argentina, estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 23 de setembro, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Niterói, além da capital sergipana. Em Aracaju, o filme é exibido pelo Cine Vitória.
Conhecido pelo seu cinema altamente político, o chileno Andrés Wood ("Machuca", "Violeta foi para o céu") volta sua câmera, em ‘Aranha’, a um momento marcante da história do Chile, o começo da década de 1970, quando houve o golpe que tirou a esquerda do poder.
Representante do Chile no Oscar de 2020 e indicado ao Goya como Melhor Filme Ibero-americano, o longa tem ao centro um grupo real de extrema-direita que existiu no país, entre 1970 e 1973, chamado Patria y Liberdad, responsável por diversos atos terroristas, e que se tornou um dos principais apoiadores do Golpe de Estado de Augusto Pinochet. Nesse sentido, o diretor ressalta a atualidade do tema de seu longa, cujo roteiro é assinado por ele e Guillermo Calderón.
"Começamos a escrever antes de Bolsonaro, antes de Trump, então, de alguma forma, esse nacionalismo, que estava sendo respirado, se desenvolveu. Eu acho que o filme também apela para aquela raiz ou fibra nacionalista, que todos nós temos em algum lugar, e que, finalmente, quando você dá espaço, esses argumentos, às vezes, não parecem tão loucos, tão irracionais", diz o diretor em entrevista ao jornal chileno El Dínamo.
Ao centro de ‘Aranha’ estão três personagens em dois momentos de suas vidas: Inés (interpretada por Valverde e Moran), Gerardo (Fontaine e Alonso) e Justo (Gabriel Urzúa e Felipe Armas) que, na juventude, pertenceram ao Patria y Liberdad. No meio do conflito com a esquerda, nos anos do governo de Salvador Allende, o trio acaba se envolvendo amorosamente, enquanto participa da luta armada contra o presidente marxista. No entanto, um crime político cometido pelo grupo muda o destino do Chile e acaba separando o trio.
Quatro décadas mais tarde, quando ele reaparece, Inés e Justo, agora casados, vivem uma vida burguesa repleta de luxo e dinheiro. Mas Gerardo ainda é obcecado pelas causas do passado e quer, não apenas vingança, mas também trazer o ultranacionalismo novamente à tona. Mas quando ele é preso, em sua casa, com um grande arsenal de armas e munição, Inés, agora uma poderosa empresária, fará de tudo para que o passado não destrua sua vida e sua família.
"Seria difícil para qualquer cineasta chileno fazer filme depois dos anos 70 sem tocar nos anos da ditadura no Chile e como ela continua a reverberar nos dias de hoje. O que foi plantando naquele período continua explicando muito do que é o país agora", disse Woods em entrevista à Variety.
O filme, cujo título faz uma alusão ao símbolo do Patria y Liberdad, conta ainda, entre seus talentos, com o brasileiro Antonio Pinto (‘Central do Brasil’) na trilha sonora e o chileno M.I. Littin-Menz (‘Violeta foi para o céu’) na fotografia.  
Exibido em diversos festivais, o longa colheu críticas positivas por onde passou. "Como um thriller, o filme tem um ritmo ótimo, com a música de Antonio Pinto num papel central", definiu a Hollywood Reporter. "Wood vê em seus personagens uma maneira de diagnosticar a podridão moral do presente", escreveu o espanhol El País. Já o argentino Clarín apontou que "a chave para o trabalho de Wood é, novamente, a sociedade chilena em seu classicismo, uma obsessão que se tornou cada vez mais completa e atrativa na obra do cineasta."  ARANHA entrou na lista do jornal O Globo, como um dos 15 filmes imperdíveis da Mostra Internacional em São Paulo de 2020.

Rian Santos

O longa chileno ‘Ara nha’, coproduzido  com Brasil e Argentina, estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 23 de setembro, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Niterói, além da capital sergipana. Em Aracaju, o filme é exibido pelo Cine Vitória.
Conhecido pelo seu cinema altamente político, o chileno Andrés Wood ("Machuca", "Violeta foi para o céu") volta sua câmera, em ‘Aranha’, a um momento marcante da história do Chile, o começo da década de 1970, quando houve o golpe que tirou a esquerda do poder.
Representante do Chile no Oscar de 2020 e indicado ao Goya como Melhor Filme Ibero-americano, o longa tem ao centro um grupo real de extrema-direita que existiu no país, entre 1970 e 1973, chamado Patria y Liberdad, responsável por diversos atos terroristas, e que se tornou um dos principais apoiadores do Golpe de Estado de Augusto Pinochet. Nesse sentido, o diretor ressalta a atualidade do tema de seu longa, cujo roteiro é assinado por ele e Guillermo Calderón.
"Começamos a escrever antes de Bolsonaro, antes de Trump, então, de alguma forma, esse nacionalismo, que estava sendo respirado, se desenvolveu. Eu acho que o filme também apela para aquela raiz ou fibra nacionalista, que todos nós temos em algum lugar, e que, finalmente, quando você dá espaço, esses argumentos, às vezes, não parecem tão loucos, tão irracionais", diz o diretor em entrevista ao jornal chileno El Dínamo.
Ao centro de ‘Aranha’ estão três personagens em dois momentos de suas vidas: Inés (interpretada por Valverde e Moran), Gerardo (Fontaine e Alonso) e Justo (Gabriel Urzúa e Felipe Armas) que, na juventude, pertenceram ao Patria y Liberdad. No meio do conflito com a esquerda, nos anos do governo de Salvador Allende, o trio acaba se envolvendo amorosamente, enquanto participa da luta armada contra o presidente marxista. No entanto, um crime político cometido pelo grupo muda o destino do Chile e acaba separando o trio.
Quatro décadas mais tarde, quando ele reaparece, Inés e Justo, agora casados, vivem uma vida burguesa repleta de luxo e dinheiro. Mas Gerardo ainda é obcecado pelas causas do passado e quer, não apenas vingança, mas também trazer o ultranacionalismo novamente à tona. Mas quando ele é preso, em sua casa, com um grande arsenal de armas e munição, Inés, agora uma poderosa empresária, fará de tudo para que o passado não destrua sua vida e sua família.
"Seria difícil para qualquer cineasta chileno fazer filme depois dos anos 70 sem tocar nos anos da ditadura no Chile e como ela continua a reverberar nos dias de hoje. O que foi plantando naquele período continua explicando muito do que é o país agora", disse Woods em entrevista à Variety.
O filme, cujo título faz uma alusão ao símbolo do Patria y Liberdad, conta ainda, entre seus talentos, com o brasileiro Antonio Pinto (‘Central do Brasil’) na trilha sonora e o chileno M.I. Littin-Menz (‘Violeta foi para o céu’) na fotografia.  
Exibido em diversos festivais, o longa colheu críticas positivas por onde passou. "Como um thriller, o filme tem um ritmo ótimo, com a música de Antonio Pinto num papel central", definiu a Hollywood Reporter. "Wood vê em seus personagens uma maneira de diagnosticar a podridão moral do presente", escreveu o espanhol El País. Já o argentino Clarín apontou que "a chave para o trabalho de Wood é, novamente, a sociedade chilena em seu classicismo, uma obsessão que se tornou cada vez mais completa e atrativa na obra do cineasta."  ARANHA entrou na lista do jornal O Globo, como um dos 15 filmes imperdíveis da Mostra Internacional em São Paulo de 2020.

 

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