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Nova escravidão


Publicado em 31 de janeiro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Operação conjunta com Auditores-Fiscais do Trabalho, Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e Polícia Rodoviária Federal surpreenderam trabalhadores oriundos de diversos estados em condições análogas à escravidão no interior de Sergipe.
O flagrante ocorreu em Neópolis, onde o corte de cana costuma atrair mão de obra pouco especializada. Trabalhadores sem carteira assinada, alojados em condições insalubres, subjugados por dívidas ilícitas foram finalmente libertados.
Não é a primeira vez que a fiscalização local surpreende situação semelhante. Já há dois anos, dezenas de infelizes foram encontrados em uma pedreira, no município de Canindé do São Francisco. Lá, quebrando pedra com as mãos, havia inclusive menores de idade. Um deles afirmou trabalhar desde os treze anos. Todos estavam sem o devido registro do contrato de trabalho, recebiam por produção, não gozavam de direitos trabalhistas como a carteira de trabalho assinada e pagamento de 13º salário e FGTS; não tinham acesso a instalações sanitárias, água potável, lugar para acondicionar os alimentos, acesso a refeitório, nem equipamento de proteção individual.
Sem chibata, sem pelourinho, a escravidão persiste. No interior profundo do Brasil, ainda há quem construa fortunas a custo do sangue e do suor alheio, por meio da imposição de força física e do próprio poderio econômico. Os que preservam privilégios por força da miséria alheia são os senhores de escravos do tempo presente.
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