Quinta, 22 De Maio De 2025
       
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O aniversário do JD


Publicado em 26 de janeiro de 2020
Por Jornal Do Dia


 

* Clóvis Barbosa de Melo
O aniversário de um órgão da imprensa escrita deve ser motivo de encômios nos dias de hoje. Todos estamos vivenciando a crise que acompanha a vida dos jornais, em Sergipe, no Brasil e no mundo. Há dez ou quinze anos que o jornalismo impresso vem tentando sobreviver diante do surgimento, cada vez maior, dos veículos de informação online. Daí a necessidade da procura de alternativas de sobrevivência para enfrentar esse desafio. O enxugamento, por exemplo, das redações ultimamente demonstra a necessidade que se tem hoje de contratar apenas jornalistas com qualidade, capazes de transformar e fazer a diferença. 
Diante desse quadro, um jornal sergipano vem fazendo a diferença nesses quinze anos de vida, completados agora neste mês de janeiro, o JORNAL DO DIA. Nessa adolescente vida vem cumprindo o seu papel de bem informar e de formar opiniões das mais diversas, através de bons articulistas que desfilam pelas suas páginas num autêntico passe livre à liberdade de expressão. A imprensa deve ser livre; e, às vezes, dissoluta. A liberdade de imprensa, contudo, passa por um quadro de sedimentação sociológica. Quanto mais evoluída uma civilização, mais livre sua imprensa. Daí poder chegar-se à conclusão de que ditaduras refletem involuções. No mais, ditadores morrem afogados no próprio vômito. 
O ditador, no fundo, é um frágil com bases narcísicas estilhaçadas. Os ditadores reprimem a imprensa porque a temem. Covardia. Homens corajosos não reprimem os inimigos. Homens corajosos enfrentam os inimigos. Homens corajosos e fortes enfrentam e derrotam. Por isso, não abro mão do que disse. A imprensa, além de livre, deve ser dissoluta. Nem sempre. Só às vezes. Mas que deve, deve. E qual o sentido da imprensa se ela não for ácida? De uma acidez tal que seja capaz de fazer com que o leitor não consiga controlar o riso? Imbecis costumam dizer que jornalistas são pessimistas. Bobagem. Paulo Francis estava certo quando disse que "todo otimista é um mal-informado". 
Desagradar: eis o papel da imprensa livre. Os homens públicos, como os ditadores, quase sempre não gostam da imprensa. Eles esperam sempre aplausos. Acontece que, frequentemente, a crítica é inexorável. Sempre haverá alguém para descer impiedosamente o sarrafo no comportamento ético do agente público. Pois bem, se o político ou o gestor público não desejar submeter-se a esse desgaste, deve seguir o conselho contido na ponderação de Júlio Dantas: "A liberdade de criticar consagra um direito incontestável. E quem, pela sua excessiva sensibilidade, pela sua delicadeza doentia, não pode ou não quer ser criticado…", não exerce cargos passíveis de avaliação da sociedade. 
O JORNAL DO DIA, nesses quinze anos de vida,  tem tido uma postura elegante de interpretar e traduzir informações, não apenas informando, mas, também, criando para o leitor a possibilidade de refletir, auxiliando a sociedade na difusão de conhecimento e de avaliação crítica. E a nossa expectativa é que daqui a mais quinze estejamos festejando os trinta anos desse diário que já faz parte da história do nosso Sergipe.  
* Clóvis Barbosa de Melo, advogado, é conselheiro do TCE/SE; foi presidente da OAB/SE e conselheiro federal da OAB

* Clóvis Barbosa de Melo

O aniversário de um órgão da imprensa escrita deve ser motivo de encômios nos dias de hoje. Todos estamos vivenciando a crise que acompanha a vida dos jornais, em Sergipe, no Brasil e no mundo. Há dez ou quinze anos que o jornalismo impresso vem tentando sobreviver diante do surgimento, cada vez maior, dos veículos de informação online. Daí a necessidade da procura de alternativas de sobrevivência para enfrentar esse desafio. O enxugamento, por exemplo, das redações ultimamente demonstra a necessidade que se tem hoje de contratar apenas jornalistas com qualidade, capazes de transformar e fazer a diferença. 
Diante desse quadro, um jornal sergipano vem fazendo a diferença nesses quinze anos de vida, completados agora neste mês de janeiro, o JORNAL DO DIA. Nessa adolescente vida vem cumprindo o seu papel de bem informar e de formar opiniões das mais diversas, através de bons articulistas que desfilam pelas suas páginas num autêntico passe livre à liberdade de expressão. A imprensa deve ser livre; e, às vezes, dissoluta. A liberdade de imprensa, contudo, passa por um quadro de sedimentação sociológica. Quanto mais evoluída uma civilização, mais livre sua imprensa. Daí poder chegar-se à conclusão de que ditaduras refletem involuções. No mais, ditadores morrem afogados no próprio vômito. 
O ditador, no fundo, é um frágil com bases narcísicas estilhaçadas. Os ditadores reprimem a imprensa porque a temem. Covardia. Homens corajosos não reprimem os inimigos. Homens corajosos enfrentam os inimigos. Homens corajosos e fortes enfrentam e derrotam. Por isso, não abro mão do que disse. A imprensa, além de livre, deve ser dissoluta. Nem sempre. Só às vezes. Mas que deve, deve. E qual o sentido da imprensa se ela não for ácida? De uma acidez tal que seja capaz de fazer com que o leitor não consiga controlar o riso? Imbecis costumam dizer que jornalistas são pessimistas. Bobagem. Paulo Francis estava certo quando disse que "todo otimista é um mal-informado". 
Desagradar: eis o papel da imprensa livre. Os homens públicos, como os ditadores, quase sempre não gostam da imprensa. Eles esperam sempre aplausos. Acontece que, frequentemente, a crítica é inexorável. Sempre haverá alguém para descer impiedosamente o sarrafo no comportamento ético do agente público. Pois bem, se o político ou o gestor público não desejar submeter-se a esse desgaste, deve seguir o conselho contido na ponderação de Júlio Dantas: "A liberdade de criticar consagra um direito incontestável. E quem, pela sua excessiva sensibilidade, pela sua delicadeza doentia, não pode ou não quer ser criticado…", não exerce cargos passíveis de avaliação da sociedade. 
O JORNAL DO DIA, nesses quinze anos de vida,  tem tido uma postura elegante de interpretar e traduzir informações, não apenas informando, mas, também, criando para o leitor a possibilidade de refletir, auxiliando a sociedade na difusão de conhecimento e de avaliação crítica. E a nossa expectativa é que daqui a mais quinze estejamos festejando os trinta anos desse diário que já faz parte da história do nosso Sergipe.  

* Clóvis Barbosa de Melo, advogado, é conselheiro do TCE/SE; foi presidente da OAB/SE e conselheiro federal da OAB

 

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