O direito de ir e vir

Naturalizado pela população de Aracaju, o serviço “oferecido” pelos flanelinhas beira a extorsão, pura e simples

A exploração do espaço público para fins de lucro finalmente está na mira da polícia. Naturalizado pela população de Aracaju, o serviço “oferecido” pelos flanelinhas beira a extorsão, pura e simples.

O abuso é cometido todos os dias, todas as horas. Durante os grandes eventos do calendário festivo local, a exemplo do Forró Caju e o Arraiá do Povo, os flanelinhas também se animam e vão pra cima dos desavisados com gana renovada.

O trabalho dos flanelinhas, convém informar, não é ilegal. Desde que seja oferecido de forma respeitosa, sem a insinuação de represálias, sem imposição. De outro modo, pode incidir em coação, o crime de extorsão.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, casos de coação, danos a veículos ou qualquer atitude abusiva devem ser denunciados imediatamente pelo telefone 190. Somente assim, enquadrando eventuais abusos, a população poderá usufruir plenamente do direito sagrado de ir e vir.