Aracaju, apesar de Emília

Logo eu, o menos ufanista entre os cronistas da província, celebro agora a alegria besta de morar em Aracaju.

De acordo com o portal Destaque Notícias, um estudo recente do Instituto Imazon classifica a capital sergipana entre as melhores do nordeste para viver. Somente João Pessoa (PB) e Teresina (PI) seriam páreo para a pequena.

A classificação tem por base o Índice de Progresso Social (IPS), calculado a partir de 57 indicadores, divididos em três grandes dimensões: Necessidades Humanas Básicas (alimentação, saúde, moradia, segurança); Fundamentos do Bem-Estar (educação básica, meio ambiente, saúde mental); Oportunidades (direitos individuais, acesso ao ensino superior, inclusão social).

Especificidades técnicas à parte, eu já sabia. Leitor de Cleomar Brandi, capaz de cantar as curvas de Aracaju como quem se debruçasse sobre o corpo quente de uma mulher, nascido e criado em Ará, impressiono-me menos com a sua beleza, mais com a comodidade da convivência.

Aracaju, apesar de todos os pesares e das trapalhadas da prefeita Emília, ainda é uma cidade fácil, organizada e muito limpa – em tudo diferente das capitais mais próximas.

Escrevo esta missiva de Maceió, sentado à beira de um mar de claridade caribenha. Na estreita faixa de areia da praia, no entanto, há plástico a perder de vista.