O negacionismo perdeu

Apesar de todos os pesares, mesmo com a campanha criminosa dos negacionistas, a vacinação avança. Ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou as recomendações cabíveis à imunização de crianças e adolescentes. Antes, autorizou a aplicação da vacina fabricada pelo laboratório Pfizer em crianças com idade entre os 05 e os 11 anos.
A vacinação avança. Mas não sem enfrentar as fake news divulgadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Ao invés de celebrar o sucesso da campanha de imunização, ele prefere lançar dúvidas sobre a eficácia dos imunizantes e defender o uso de medicamentos sem qualquer respaldo científico no tratamento da covid-19.
O presidente Bolsonaro não muda, não aprende. Ontem, compartilhou um vídeo em que um homem não identificado critica a vacina contra a covid-19, classificada como “uma porcaria”, por meio da conta que mantém no Twitter.
Nunca será demais lembrar: As vacinas contra covid-19 aplicadas no Brasil (AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer) apresentaram taxa de efetividade superior quando aplicadas na população geral do que na fase de testes clínicos. Boletim do projeto Vigivac, da Fundação Oswaldo Cruz, informa que a efetividade variou entre 83% e 99% para casos graves e óbitos.
Apesar de todos os estragos, o negacionismo perdeu. Felizmente, Bolsonaro é ouvido por muito pouca gente, a adesão dos brasileiros à campanha de imunização é a maior prova. Contra o presidente, que faz por merecer o predicado de genocida a cada nova declaração e pronunciamento, resta aos meios de comunicação, aos cidadãos empenhados em permanecer vivos, recorrer aos fatos, amparados pelas melhores fontes.