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Pepino


Publicado em 09 de abril de 2022
Por Jornal Do Dia Se


O preço dos alimentos segue pressionando a inflação, na mesma proporção em que rouba comida ao prato dos mais pobres. No acumulado de 12 meses até março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 11,30% – a maior taxa em 18 anos, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cenoura, tomate, pimentão, melancia, café moído, a dieta mais simples, já não são acessíveis para grande parte dos trabalhadores.
A alta no preço dos alimentos pressionou a inflação dos mais pobres há mais de ano, desde o fim de 2020. Lá atrás, o arroz era o grande vilão do orçamento doméstico, posto que muda de titular mas produz sempre o mesmo efeito perverso. Alimentos, gás de cozinha, energia elétrica e transporte possuem um grande impacto no orçamento das famílias de renda minguada.
E o próprio governo tem responsabilidade sobre a alta apontada agora e por anos a fio. A tarifa de energia elétrica, por exemplo, assim como o preço dos combustíveis, não são fixados sem o aval do governo federal. Juntos, os dois setores representam grande parte do índice de inflação acumulado desde 2015.
Curioso é ouvir o presidente Bolsonaro se reportar à alta dos preços como se não tivesse responsabilidade alguma sobre o destino dos brasileiros. Alguém precisa avisá-lo de que há um pepino sobre a mesa – caríssimo, aliás, após alta de quase 30% – e que cabe justamente ao presidente da República, com a colaboração de seus auxiliares diretos, descascar.

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