Pódio negacionista

A cobertura vacinal no país parece ter alcançado uma espécie de platô, na faixa de 70% da população completamente imunizada. O resultado se vê em números. Ontem, o Brasil se tornou o terceiro país do mundo em número de mortes.
Aparentemente, a pilha monstruosa, com mais de 600 mil cadáveres, não foi suficiente para convencer parte da população a dar ouvidos à ciência. Dados publicados pela Organização Mundial da Saúde revelam que o Brasil uma vez mais superou todos os países europeus em número de óbitos causados por Covid. Pior do que o País do Carnaval, somente os Estados Unidos, outro reduto do negacionismo, e Índia, com população estimada em 1,38 bilhão de habitantes.
Para a OMS, a ordem é a de reagir com cautela diante da variante ômicron, ainda que existam sinais de a variante ser mais suave. Na avaliação da agência, em países onde o sistema de saúde é frágil ou a taxa de vacinação não atingiu níveis elevados, o risco de morte é real.
Não é novidade pra ninguém: a pandemia do coronavírus segue em curso, com efeitos previsíveis em âmbito sanitário e também econômico. No rastro da variante Ômicron, o contágio continua se alastrando, volta a sobrecarregar o sistema público de saúde. Em tempo: Segundo o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Brasil ainda não atingiu o pico de infecções pela Ômicron.