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POR QUE ISRAEL NÃO DEVE MAIS EXISTIR ENQUANTO ESTADO


Publicado em 04 de setembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


* José Eloízio da Costa
eloiziocosta@academico.ufs.br

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A hipócrita proteção do imperialismo evangélico e seus lacaios europeus a Israel, na matança continua sem piedade dos civis palestinos, fornecendo continuamente armas e dinheiro até o limite do extermínio de um povo sob os nossos olhos televisionados, mostra a absoluta decadência moral do Ocidente. No discurso do fanatismo sionista-evangélico, Israel é o povo escolhido e que pode matar sem parar, impunemente. No mesmo diapasão são os evangélicos, quando os mesmos já “estão salvos” e portanto podem cometer todo tipo de barbaridade, inclusive matar e roubar, afinal já estão salvos. Esse é o horror do sincretismo religioso, comandado por um país delinquente e protegido pelo imperialismo mais abjeto e odiável.
Realmente a humanidade fracassou e com Israel os tais valores já foram jogados na lata do lixo. O Ocidente em sua agonia decadente torna-se cada vez mais violento e seu porta-aviões no Oriente Médio – Israel – não pode desaparecer mesmo sob um risco de uma Terceira Guerra Mundial. Pelo visto, Israel poderá abrir uma janela do apocalipse e do fim da humanidade e neste caso, é uma realidade concreta
Por outro lado, seu desaparecimento poderá trazer paz ao Oriente Médio e nisso temos nossas considerações pela não existência de um Estado tutelado pelos países poderosos do Ocidente, pela grande mídia dominada pelo sionismo em permanente processo de construir cortinas de fumaça, não para expor a brutalidade selvagem que realizam continuamente na Palestina. Como vamos tolerar essas atrocidades? Nesse momento é fundamental defendermos a tese da inexistência desse Estado, inicialmente por representar qualidades e valores universais intoleráveis em nossos dias em que legalmente Israel é racista, colonial, implementa a política na aplicação do regime deapartheid e na estratégia de longo prazo na política de extermíniodo povo palestino. E ainda assim é um Estado “muito simpático”. A continuidade dessa aberração e da normalização das relações exteriores de Israel com outros Estados, como fenômeno diplomático “normal”, é um absurdo. Daí a necessidade do desaparecimento do Estado de Israel.
Para a negação desse Estado Terrorista que mata crianças e mulheres indefesas, em primeiro plano temos que justificar que Israel enquanto Estado, o regime fascista do sionismo e a religião judaica são fenômenos institucionais, ideológicos e religiosos que devem ser lidos e interpretados de forma distinta. A praga é o sionismo que justifica a existência do Estado de Israel como “Estado Judaico” e portanto quando se faz “críticas” a Israel automaticamentevem o rótulo de antissemitismo, confundindo essa propaganda do sionismo e por décadas estiveram protegidos por esta mentira deslavada. Nada mais equivocado, e o sionismo é o maior problema e essa estratégia justificaria a associação com um suposto “Estado Judaico”, utilizando o recurso religioso para a formação do Estado, inclusive como processo histórico.
Uma segunda questão é que o judaísmo tem uma tradição de três mil anos, daí a existência do Estado. O que serve como ideologia religiosa, isso para justificar sua existência e do mentiroso argumento que seria o “cumprimento da profecia”. Sequer Israel poderia constituir como Estado organizado, mais uma nação sem soberania e que vivia com outros credos no território palestino, isso como povo judeu pacífico. Portanto, a questãoda inexorável existência de Estado estar completamente fora dos princípios do verdadeiro judaísmo, particularmente dos chamados “judeus ortodoxos”, os haredis, que negam até hoje o Estado de Israel e que os mesmos veriam a “terra prometida” com a volta do Messias. É abominável existir um Estado que fere frontalmente o judaísmo, e a existência de uma religião de três mil anos é verdadeira, mas não como Estado.
Portanto, a concepção messiânica da “terra prometida” não passa de uma falácia criada pelo movimento sionista em finais do século XIX e que distorceu o judaísmo como religião e, de certa forma, ainda desmoraliza seus preceitos. Um dos fatos mais observados é sua não obediência ao chamado “shabbat’, ou seja, deve-se guardar o sábado. Em guerra, os sionistas ignoram tão obrigação, eles preferem matar palestinosque orar ou fazer qualquer referência de natureza religiosa. Ou seja, são mais assassinos, criminosos que religiosos. Isso pode ser observado também há alguns meses quando dois governadores brasileiros visitaram o sionista criminoso, o açougueiro de Gaza, e bateram fotos rindo, na certa comemorando a matança em curso.
O que torna, nessa quadra, dois elementos centrais. O Israel sionista não é o Israel bíblico e mesmo que fosse não teria nenhum sentido, até porque o Israel da Bíblia era muito maior que o atual Estado Racista e Colonial. Um segundo elemento é que Israel é criação do imperialismo inglês decadente nos anos 40, para cumprir a famigerada “declaração Balfour” de 1917, quando o escocês prometeu um “lar” para os judeus na Palestina em carta endereçada ao banqueiro sionista inglês Rothschild. Essa figura deveria ceder território da Escócia onde residia, e não abrir portas para a limpeza étnica da Palestina após a criação do Estado Sionista. Em outros termos, Israel é um Estado Artificial, sendo mais uma Palestina Ocupada. O mundo descobriu a farsa sionista que rolou por décadas e agora certamente pagará seu preço. Pode demorar, mas será apressado quando o imperialismo entrar em sua fase abismal.
Sob o manto protetivo do imperialismo e seus cúmplices europeus (não podemos esquecer também do Canadá e da Austrália), estamos assistindo uma quadra perigosa, mas também da possibilidade de superação das dores de parto, talvez, do mundo multipolar, e o genocídio em Gaza tem seus criminosos bem conhecidos, mostrando a falácia de uma humanidade falida sob o comando de lideranças hipócritas e desumanas.

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* José Eloízio da Costa, Departamento de Geografia – UFS

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