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Precarização do trabalho


Publicado em 26 de outubro de 2023
Por Jornal Do Dia Se


A uberização do trabalho, modalidade de precarização afinada com a tecnologia de aplicativos e plataformas digitais, é um dos maiores desafios a serem encarados pelo governo federal neste terceiro mandato de Lula. Trabalhista, o presidente já declarou a intenção de resguardar os direitos dos chamados colaboradores. Mas ninguém sabe ainda como fazer isso.
Trata-se aqui de uma parcela imensa dos trabalhadores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mais de dois milhões de brasileiros realizavam trabalhos por meio de aplicativos de serviços, ou obtinham clientes e vendas por meio de comércio eletrônico, tendo a atividade como ocupação principal, no quarto trimestre do ano passado.
Deste total, 1,5 milhão de pessoas – ou 1,7% da população ocupada no setor privado – trabalhavam por meio de aplicativos de serviços e 628 mil as plataformas de comércio eletrônico.
Na prática, embora desfrutem de um rendimento ligeiramente superior à média dos trabalhadores formais, os profissionais que encontram um emprego para a própria força por meio da tecnologia se equilibram numa corda bamba. Além de não gozarem os direitos assegurados pela legislação em vigor, também não se preocupam com o futuro. No 4º trimestre de 2022, apenas 35,7% dos plataformizados eram contribuintes da previdência.
O levantamento do IBGE ajuda a dar uma feição estatística à uberização do trabalho. Este é o primeiro passo, talvez, no sentido de regular o trabalho em ambiente digital e resguardar todos os trabalhadores brasileiros.

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