Promessa é dívida

O aumento da tarifa do transporte coletivo cobrada em Aracaju é certo. A queda no faturamento das empresas responsáveis pelo serviço, mais o aumento do valor de insumos como o combustível justificam a reivindicação dos empresários. Algum reajuste é inevitável. Mas o prefeito Edvaldo Nogueira atua desde já para reduzir o impacto da majoração no custo de vida dos aracajuanos.
Um Projeto de Lei que revoga o percentual de 2% da Taxa de Gerenciamento Operacional (TGO), embutido na tarifa do transporte coletivo da capital sergipana, foi apresentado ontem. Depois de assinado por Edvaldo, o PL foi encaminhado à Câmara Municipal para ser apreciado pelos vereadores.
De fato, o setor enfrenta problemas desde o início da pandemia. Há poucas semanas, a demissão de centenas de trabalhadores rodoviários expôs as dificuldades enfrentadas pelas empresas reunidas no Setransp de maneira dramática – um drama econômico e também social. Na ocasião, a Prefeitura foi cobrada a adotar medidas capazes de preservar empregos. Agora, a mesma responsabilidade pesa sobre a Câmara de Vereadores.
O transporte coletivo de passageiros, a face mais saliente dos problemas de mobilidade enfrentados nas ruas da capital sergipana, precisa ser pensado com mais carinho. A proposta remetida ontem à Câmara Municipal trata apenas da situação imediata. Sem a sempre adiada licitação, um compromisso de campanha negligenciado pelo prefeito Edvaldo Nogueira, qualquer iniciativa nesse sentido resultará insuficiente.