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QUANDO A IMAGEM VALE MAIS DO QUE PALAVRAS


Publicado em 25 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Rômulo Rodrigues

O centro da conjuntura política no Brasil ficou impactado na concorridíssima posse do ministro Alexandre Moraes na presidência do TSE e o discurso dele, junto à carta pela democracia, com um milhão de assinaturas, já podem ser anunciados como documentos que definiram o caminho de uma “Nova República”.
Nem o mais expert de arrumação de cenário cinematográfico, poderia ter noção dos efeitos fotográficos daquele momento, com um palco protocolarmente com o destaque da mesa diretora do evento jurídico confrontado com as 4 cadeiras bem postadas em frente à mesa diretora do ato, abrigando 3 ex-presidente e 1 ex-presidente da República.
Lá estavam como deveriam estar, pela liturgia dos cargos que ocuparam; Michel Temer, Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Dilma Rousseff.
Pouca gente ficou sabendo e a mídia não divulgou que para evitar constrangimento, Lula fez uma alteração na ordem para que Dilma não ficasse ao lado do traidor Michel Temer.
Durante toda a solenidade, captavam-se imagens de Bolsonaro extremamente incomodado, rezando para virar um Veio do Rio e só aparecer na foto para poucos que acreditam nele; uma intensa carga de raios cósmicos sob a forma de olhares para Lula e a desenvoltura no salão de baile, ao ponto da noiva, num sentido figurado, ministro Alexandre Moraes quase ficar com a mão dele como souvenir.
Não resta a menor dúvida que Lula é e será sempre centro das atenções onde quer que chegue ou se encontre, afinal, é um dos poucos estadistas do mundo na atualidade.
Também não causa nenhuma surpresa a força moral das posturas fotográficas da ex-presidenta Dilma Rousseff que, passando pelo que passou, se apresente sempre num patamar superior.
Quem olhar pelo retrovisor para aquela triste tarde de domingo de 17 de abril de 2016, vai reviver uma das páginas mais infelizes da nossa históriae ter material para estudo de onde estão, como estão e o que ainda representam aquelas mais de 342 figuras patéticas de um teatro de operações bufas que jogaram o País no despenhadeiro da infelicidade.
Deles e delas, alguns poucos fizeram autocríticas, gesto de grandeza de quem tem caráter e muitos foram paras as latas de lixo da história, por praticarem os piores crimes morais e políticos e tentarem salvar suas almas condenando uma mulher honrada e caráter ilibado, exatamente, por ser mulher, por ser honrada e pela força do seu caráter.
Porém, todas essas imagens retratam um pedaço da história de um período da República onde os burgueses e rentistas se negaram a conviver com o grande salto de qualidade dado por um País que dirigido por um retirante da seca, que virou torneiro mecânico, que virou sindicalista e chegou à presidência da República e comandou com sucesso uma Revolução Possível, graduado e pós-graduado pela melhor universidade criada pelo ser humano: “A eterna fonte de sabedoria da luta de classes”.
Por falar em luta de classes, vejamos como ele está bem sintetizado por uma postagem não sem identidade do autor,no Facebook, que vale a pena reproduzir: “Não que eu ache que empregados não devam ter direitos, mas eles estavam passando dos limites. Quando o PT estava no poder, era sempre uma dificuldade para conseguir gente para nos servir na ceia de natal ou réveillon; ou não queriam trabalhar porque estavam acomodados nos seus empregos, ou pediam uma fortuna.
Lembro que no réveillon de 2010 ou 2011 precisei pagar R$ 700,00 apenas a 2 garçons que nos serviram, porque não conseguia achar nenhum, e eles só trabalharam até pouco depois da meia noite.
Agora, não sei se pelo desemprego, mas já consegui 3 garçons por R$ 210,00 e para trabalhar até o amanhecer. Agora eles estão dando valor ao nosso dinheiro. Tomara que nosso presidente mantenha as coisas desse jeito”.
Nos últimos dias vimos um verdadeiro show de bizarrice no espaço midiático mais caro do Brasil, sustentado por dinheiro de impostos, o primeiro com um mentiroso pré-histórico e o segundo com um pós-histórico, comandados por uma dupla de pseudos jornalistas, pós-graduados em desconhecimento histórico e arrogância. 40 minutos de pura deseducação!

Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político.

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