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Traumas e sequelas
Publicado em 11 de abril de 2023
Por Jornal Do Dia Se
Especialistas em diversas áreas de conhecimento ainda se debruçam sobre os traumas e sequelas gerados pela pandemia de covid-19. Há estudos para todos os gostos, focados em economia, cultura, sociologia, segurança pública e por aí vai. Entre estes não faltam pesquisas relacionadas com as implicações médicas do contágio. Tudo indica, o mal perdura, dilata-se no tempo, prolongado pelas consequências deletérias da infecção.
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) descobriram que a proteína Spike do SARS-CoV-2, quando injetada no cérebro de camundongos, induz alterações de memória. Essas mudanças ocorrem de forma tardia, em torno de 20 a 30 dias após a infecção, tal como acontece com seres humanos infectados pelo vírus da covid-19.
A memória prejudicada pelo vírus não há de se estender, contudo, por sobre as causas do contágio ter se alastrado de maneira desenfreada no Brasil. Contra todas as recomendações dos especialistas, a ignorância egoísta de alguns agiu como vetor da doença. A campanha em favor do contágio contou até com a colaboração decisiva do senhor Jair Messias Bolsonaro, então presidente da República.
Em anos de triste memória, quando pessoas morreram feito moscas, o presidente Bolsonaro realizava lives em redes sociais, a fim de debochar do sofrimento da população. Isto, no entanto, há de ser sempre lembrado pela história, vacina contra a desinformação, em respeito à memória de 700 mil vítimas inocentes.