UMA ESPERA DE QUASE 90 DIAS

Rômulo Rodrigues

O tempo que falta para chegar ao esperado 2 de outubro já foi maior e mais angustiante em se tratando do que falta para o povo brasileiro virar a página mais infeliz de nossa história.
Três datas são cabalísticas; a primeira delas será o próximo 5 de agosto quando deverão ser entregues as Atas das convenções partidárias; a segunda será no dia 16 de agosto com a abertura das campanhas eleitorais e a terceira, o tão desejado 2 de outubro para a lapada final tão esperada.
As pesquisas dos institutos pertencentes a instituições financeira estão dizendo que eles vão se render à realidade, ou serão totalmente desmoralizados.
No momento elas apontam que na região Sudeste do Brasil, onde estão os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que concentra 63.252.868 eleitores, o diagnóstico colhido pelas pesquisas é que Lula passará um pouco dos 27,5 milhões de votos.
Já na região Nordeste com seus 40 milhões de eleitores, as indicações são de que o ex-presidente, amado e idolatrado pelo povo, não terá menos de 20 milhões de sufrágios.
Com as regiões Sul, Centro Oeste e Norte somando juntas 44,6 milhões de votos, é quase impossível que o candidato da federação PT, PV e PC do B, ampliando uma coligação com PSB, Solidariedade e mais um punhado de frações partidárias desgarradas dos seus candidatos malogrados, não somar mais de 13 milhões de cliques 13 e confirmo para atingir a linha recorde dos 60 milhões de votos e liquidar a fatura no primeiro turno.
O governo Bolsonaro, filho incestuoso da lava jato, da ponte para o futuro, do projeto militar de anexar o Brasil aos EUA, que através dos disparos de robôs operados por Steve Bannon, o bruxo de Donald Trump, logo mostrou que não era puro, não era honesto, não combatia a corrupção e estava totalmente dominado por bandidos e milicianos, de fardas e bíblias nas mãos.
Para que ganhasse a eleição de 2018, foi preciso que a lava jato forjasse confissões mentirosas de Léo Pinheiro, sogro de Pedro Guimarães,grande amigo do Jair, com as promessas, depois cumpridas de que Sergio Moro seria ministro da justiça e o genro de Léo, presidente da Caixa Econômica Federal, onde se sentiria impune para exercitar suas taras sexuais, além de cuidar de bilhões de reais dos auxílios emergenciais, bolsa família, loterias da caixa, programa de habitação entre outros.
Se não fosse a mudança de depoimento do empresário, afirmando que Lula era dono do tríplex que hoje sabemos ter sido a grande mentira da quadrilha de Curitiba, que foi usada para prender Lula e Bolsonaro ganhar a eleição; o país teria continuado forte na economia e respeitado mundialmente e, não estaria chorando as mais de 670 mil mortes pela Covid-19.
Hoje se sabe que desmentindo o canalha que diz que no governo dele não tem corrupção, consta nos cartórios de registro de imóveis que uma dasantigas esposas comprou 14 imóveis e o filho senador comprou 37 e eles incutiram nas cabeças dos imbecis que lula era dono de um apartamento de visitou e não comprou.
A campanha ideológica puxada pelo Partido Midiático acusava Fernando Haddad de ter criado um Kit Gay, com mamadeira de piroca para distribuir para as crianças nas escolas, foi o precursor da doutrina do “Ouremos” de Milton Ribeiro e sua quadrilha de pastores e bispos evangélicos e variadas facções e tendências religiosas que dominam as mentes dos gados marruás, Brasil afora.
A construção dessa inconsciência coletiva vem de longe; morta a poucos dias a colunista social Danuza Leão, fez questão de deixar registrado “…Já se foi o tempo que ir a Paris era só para alguns; (….) ir a Nova Iorque ver os musicais da Broadway já teve sua graça, mas, por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça?…”
Este país de agora, deve ser descartado no próximo dia 2 de outubro para dar lugar ao resgate de um país que enterre a memória de uma gente que foi capaz de zombar da morte de D. Marisa Letícia, esposa de Lula, do irmão Vavá e do neto Artur.
Um país que volte a sentir, com sentimento cristão, a morte de D. Claudio Hummes e cujo líder maior possa ser solidário a um pai como Ronaldo Caiado na morte de um filho; mesmo sendo esse pai, o fundador da União Democrática Ruralista, UDR, que já foi identificada como mandante de mortes de pais e filhos Brasil afora, nas lutas por justiça social.
A grandeza que faltou aos coveiros da nação, não pode ser nunca comparada à que jorra a cada gesto do nosso estadista.

Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político