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Brasil profundo


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Publicado em 15 de março de 2023
Por Jornal Do Dia Se


O governo federal pensa em um novo programa dedicado à assistência básica em saúde, voltado para as regiões menos acessíveis do país, semelhante ao programa Mais Médicos, criado no governo Dilma Rousseff. Com duas diferenças fundamentais: a intenção declarada de privilegiar profissionais brasileiros e o investimento continuado em formação.
Trata-se aqui de duas diferenças fundamentais, com contornos de desafio para o governo Lula. A participação de profissionais brasileiros no programa Mais Médicos sempre foi modesta. O programa chegou a contar com mais de 11 mil profissionais cubanos contra apenas 1.846 brasileiros.
A diferença sublinha a discrepância apontada pelo próprio Conselho Federal de Medicina, entidade segundo a qual as cidades pequenas, pouco atraentes para a maioria dos profissionais habilitados para o exercício da medicina, concentram 33% da população brasileira. Apesar disso, esses municípios dispunham, à época, de apenas 8% dos médicos aptos para atuar em território nacional.
Resta saber como Lula pretende convencer profissionais recém formados das vantagens de se enfiar nas brenhas do Brasil profundo, a fim de prestar um serviço de valor incalculável.
Sim, o juramento de Hipócrates prevê que o profissional médico entre em toda casa para o bem do doente. Esta, no entanto, é fórmula muito antiga, carente de atualização. Os médicos formados hoje já não se preocupam com o julgamento dos deuses. Antes, mais das vezes, veneram o vil metal.

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