Sexta, 19 De Abril De 2024
       
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Informes do Relatório de Inflação do Banco Central


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Publicado em 02 de outubro de 2021
Por Jornal Do Dia


 

O Banco Central do Brasil divulgou 
no dia 30 de setembro, o relatório 
trimestral de inflação, este referente ao terceiro trimestre de 2021 (Relatório de Inflação, volume 23, nº 3). Assim, irei reproduzir alguns dos principais pontos do relatório e comentar questões de ordem teórica e prática para a população sobre as questões de afetação da inflação no cotidiano de cada um.
Seguirei a forma apresentada no sumário executivo do referido relatório de inflação do Banco Central, por isso que a primeira abordagem será sobre a conjuntura econômica.
Conjuntura econômica – No cenário externo, aponta-se que o cenário prospectivo ainda está condicionado pela evolução da pandemia e pela capacidade da oferta se ajustar às mudanças no padrão de consumo global. Também é destacado que as principais economias avançadas seguem com suporte de políticas fiscais e monetárias estimulativas. Com avanço acelerado na vacinação, os países prosseguiram com a reabertura das atividades econômicas paralisadas durante a pandemia, favorecendo a retomada do consumo, em particular no setor de serviços.
Até aqui temos uma conjuntura favorável à recuperação econômica mundial e o Brasil deverá manter-se em referida trajetória.
Também é apontado no referido relatório que " mudanças no padrão de consumo observadas no decorrer da pandemia provocaram deslocamentos na demanda de produtos que têm pressionado as cadeias globais de fornecimento. Somam-se a isso rupturas localizadas de oferta causadas pela pandemia, resultando em elevação dos custos de produção e de distribuição, bem como em atrasos na entrega de alguns produtos. Esse conjunto de fatores tem afetado o desempenho da indústria de transformação ao redor do mundo, particularmente nos setores automotivo". Este fator tem sido determinante para uma retomada de inflação que não estava nos nossos planos.
Conjuntura Interna – Segundo consta no relatório, "O PIB recuou 0,1% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, interrompendo sequência de altas iniciada no terceiro trimestre de 2020. Considerada a data de corte do Relatório de Inflação de junho, o resultado veio ligeiramente acima das expectativas do BC e da mediana dos analistas do Sistema de Expectativas de Mercado (relatório Focus). Entre os grandes setores houve recuos na agropecuária e na indústria e crescimento em serviços. Contribuíram para o recuo na agropecuária a base elevada no primeiro trimestre, devido à safra recorde de soja, e a quebra da segunda safra de milho. Este último fator e a recente revisão baixista para a safra de cana devem influenciar o terceiro trimestre. Na indústria, a principal contribuição para a queda veio da indústria de transformação. Do ponto de vista das condições da oferta, dificuldades nas cadeias de suprimentos e preços de insumos industriais pressionados ajudam a explicar o resultado do setor. Esses fatores têm se mostrado persistentes e foram recentemente agravados pelo impacto da variante Delta do coronavírus em países asiáticos. A produção de veículos – segmento em que a escassez de insumos se revela particularmente importante – diminuiu mais intensamente comparativamente aos demais bens duráveis e à indústria em geral. Do ponto de vista da demanda, o retorno gradual ao padrão de consumo privado do período pré-pandemia, com elevação da participação de serviços em detrimento de bens, também contribui para a trajetória recente da transformação". Aqui tem a explicação para quem quer entender este cenário adverso de inflação que a sociedade brasileira está passando.
A informação do relatório que se refere ao consumo das famílias mostrou estabilidade no segundo trimestre, apesar de fatores que apontavam para resultado mais positivo: continuidade da recuperação do mercado de trabalho e da mobilidade, retorno do auxílio emergencial e antecipação do abono salarial e do 13º salário de aposentados do Regime Geral de Previdência Social.
Aqui cabe destacar que na literatura econômica, existem várias teses que defendem o consumo das famílias como o principal fator de crescimento econômico.
Ressalto que do ponto de vista conceitual, utilizando-se o que é definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentro do Sistema de Contas Nacionais – SCN, uma família é um grupo de pessoas que vive em um mesmo domicílio e compartilha despesas com alimentos e/ou habitação. Famílias podem ser constituídas por uma ou mais pessoas. Pessoas vivendo em conjunto – em lugares como conventos, presídios ou quarteis – também fazem parte do grupo Famílias. A principal fonte de renda das famílias é o recebimento de salários e de outras remunerações por trabalharem em empresas ou no governo. Mas as famílias também têm rendimentos de produção própria. Autônomos, empresas não-constituídas (sem CNPJ) e agricultores (agricultura familiar) são responsáveis por parte da produção própria das famílias. É a constância de consumo deste agrupamento que permite que o que foi produzido, o que foi comercializado seja produzido e faça girar o ciclo de produção econômica.
Segundo o relatório de inflação, " a dinâmica da pandemia de Covid-19 e das reações dos agentes públicos e privados definiram diferentes fases do consumo das famílias. Em um primeiro momento, a participação do consumo de bens cresceu; posteriormente, iniciou-se um processo de normalização do consumo de serviços, ainda em curso. Avaliar em que grau a participação dos serviços na cesta das famílias já foi normalizada é importante para o cenário prospectivo do segundo semestre, tanto para o consumo quanto para a economia como um todo.
Pelo que foi apresentado o cenário é desafiador mas não é desesperador e isso possibilitará que todos possam contribuir para o controle da inflação que tem sido além da meta, vale lembrar que a meta de inflação programada para o Brasil neste ano de 2021 foi de 3,75% com variação de 1,5% para mais ou para menos, mas a inflação de 2021 no acumulado até agosto/2021 para este ano está em 9,68%, portanto bem acima do limite acrescido da variação.
Que o Brasil tenha êxito no controle da inflação.

O Banco Central do Brasil divulgou  no dia 30 de setembro, o relatório  trimestral de inflação, este referente ao terceiro trimestre de 2021 (Relatório de Inflação, volume 23, nº 3). Assim, irei reproduzir alguns dos principais pontos do relatório e comentar questões de ordem teórica e prática para a população sobre as questões de afetação da inflação no cotidiano de cada um.
Seguirei a forma apresentada no sumário executivo do referido relatório de inflação do Banco Central, por isso que a primeira abordagem será sobre a conjuntura econômica.
Conjuntura econômica – No cenário externo, aponta-se que o cenário prospectivo ainda está condicionado pela evolução da pandemia e pela capacidade da oferta se ajustar às mudanças no padrão de consumo global. Também é destacado que as principais economias avançadas seguem com suporte de políticas fiscais e monetárias estimulativas. Com avanço acelerado na vacinação, os países prosseguiram com a reabertura das atividades econômicas paralisadas durante a pandemia, favorecendo a retomada do consumo, em particular no setor de serviços.
Até aqui temos uma conjuntura favorável à recuperação econômica mundial e o Brasil deverá manter-se em referida trajetória.
Também é apontado no referido relatório que " mudanças no padrão de consumo observadas no decorrer da pandemia provocaram deslocamentos na demanda de produtos que têm pressionado as cadeias globais de fornecimento. Somam-se a isso rupturas localizadas de oferta causadas pela pandemia, resultando em elevação dos custos de produção e de distribuição, bem como em atrasos na entrega de alguns produtos. Esse conjunto de fatores tem afetado o desempenho da indústria de transformação ao redor do mundo, particularmente nos setores automotivo". Este fator tem sido determinante para uma retomada de inflação que não estava nos nossos planos.
Conjuntura Interna – Segundo consta no relatório, "O PIB recuou 0,1% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, interrompendo sequência de altas iniciada no terceiro trimestre de 2020. Considerada a data de corte do Relatório de Inflação de junho, o resultado veio ligeiramente acima das expectativas do BC e da mediana dos analistas do Sistema de Expectativas de Mercado (relatório Focus). Entre os grandes setores houve recuos na agropecuária e na indústria e crescimento em serviços. Contribuíram para o recuo na agropecuária a base elevada no primeiro trimestre, devido à safra recorde de soja, e a quebra da segunda safra de milho. Este último fator e a recente revisão baixista para a safra de cana devem influenciar o terceiro trimestre. Na indústria, a principal contribuição para a queda veio da indústria de transformação. Do ponto de vista das condições da oferta, dificuldades nas cadeias de suprimentos e preços de insumos industriais pressionados ajudam a explicar o resultado do setor. Esses fatores têm se mostrado persistentes e foram recentemente agravados pelo impacto da variante Delta do coronavírus em países asiáticos. A produção de veículos – segmento em que a escassez de insumos se revela particularmente importante – diminuiu mais intensamente comparativamente aos demais bens duráveis e à indústria em geral. Do ponto de vista da demanda, o retorno gradual ao padrão de consumo privado do período pré-pandemia, com elevação da participação de serviços em detrimento de bens, também contribui para a trajetória recente da transformação". Aqui tem a explicação para quem quer entender este cenário adverso de inflação que a sociedade brasileira está passando.
A informação do relatório que se refere ao consumo das famílias mostrou estabilidade no segundo trimestre, apesar de fatores que apontavam para resultado mais positivo: continuidade da recuperação do mercado de trabalho e da mobilidade, retorno do auxílio emergencial e antecipação do abono salarial e do 13º salário de aposentados do Regime Geral de Previdência Social.
Aqui cabe destacar que na literatura econômica, existem várias teses que defendem o consumo das famílias como o principal fator de crescimento econômico.
Ressalto que do ponto de vista conceitual, utilizando-se o que é definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentro do Sistema de Contas Nacionais – SCN, uma família é um grupo de pessoas que vive em um mesmo domicílio e compartilha despesas com alimentos e/ou habitação. Famílias podem ser constituídas por uma ou mais pessoas. Pessoas vivendo em conjunto – em lugares como conventos, presídios ou quarteis – também fazem parte do grupo Famílias. A principal fonte de renda das famílias é o recebimento de salários e de outras remunerações por trabalharem em empresas ou no governo. Mas as famílias também têm rendimentos de produção própria. Autônomos, empresas não-constituídas (sem CNPJ) e agricultores (agricultura familiar) são responsáveis por parte da produção própria das famílias. É a constância de consumo deste agrupamento que permite que o que foi produzido, o que foi comercializado seja produzido e faça girar o ciclo de produção econômica.
Segundo o relatório de inflação, " a dinâmica da pandemia de Covid-19 e das reações dos agentes públicos e privados definiram diferentes fases do consumo das famílias. Em um primeiro momento, a participação do consumo de bens cresceu; posteriormente, iniciou-se um processo de normalização do consumo de serviços, ainda em curso. Avaliar em que grau a participação dos serviços na cesta das famílias já foi normalizada é importante para o cenário prospectivo do segundo semestre, tanto para o consumo quanto para a economia como um todo.
Pelo que foi apresentado o cenário é desafiador mas não é desesperador e isso possibilitará que todos possam contribuir para o controle da inflação que tem sido além da meta, vale lembrar que a meta de inflação programada para o Brasil neste ano de 2021 foi de 3,75% com variação de 1,5% para mais ou para menos, mas a inflação de 2021 no acumulado até agosto/2021 para este ano está em 9,68%, portanto bem acima do limite acrescido da variação.
Que o Brasil tenha êxito no controle da inflação.

 

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