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Sob a farda


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Publicado em 23 de março de 2023
Por Jornal Do Dia Se


O corporativismo da Polícia Rodoviária Federal, capaz de macular a reputação de toda a corporação, a fim de resguardar os criminosos infiltrados em seus quadros, chegou a ponto de ignorar um dos flagrantes mais escandalosos já registrados em Sergipe. Trata-se aqui do caso Genivaldo, torturado em praça pública, até a morte, em plena luz do dia. Do absurdo, contudo, derivam iniciativas necessárias à boa atuação da Polícia Rodoviária em Sergipe.
Foi atendendo a recomendação do Ministério Público Federal que a Polícia Rodoviária Federal instituiu grupo de trabalho para estudar a implantação do uso de câmeras corporais (bodycams) por seus agentes. A recomendação foi realizada ainda durante a repercussão do caso Genivaldo, motivada por este.
O caso é revoltante. A tortura e o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos foram documentados pela população, por meio das câmeras de aparelho celular. Tudo se deu em via pública, em plena luz do dia. Entretanto, embora não pesasse sombra de dúvida sobre a autoria do crime, a Polícia Federal teimou em postergar a conclusão do inquérito aberto para elucidar o episódio.
Para Genivaldo e tantos outros, a recomendação do MPF chega tarde. Espera-se, no entanto, que o escândalo provoque uma mudança de postura dos policiais na linha de frente do combate ao crime, em contato direto com a população. Se não por força do compromisso ético indispensável ao uso da farda, como seria o ideal, por receio da vigilância das autoridades competentes.

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Capa do dia
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