Sábado, 07 De Setembro De 2024
       
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Cuidados com a Saúde Animal


Publicado em 04 de março de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Iniciamos o ano de 2023 com um alerta preocupante dado pela Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH – na sigla em inglês). Trata-se da questão que envolve a gripe aviária.
A entidade internacional que faz o alerta é a autoridade global em saúde animal, foi fundada em 1924 e como organização intergovernamental, busca divulgar de forma transparente, informações sobre doenças animais, melhorando a saúde animal globalmente, construindo um mundo mais seguro e mais saudável.
De acordo com um comunicado recente da WOAH, a situação atual da gripe aviária tem levantado preocupações na comunidade internacional. A informação é que desde outubro de 2021, um número sem precedentes de surtos foi relatado em várias regiões do mundo, atingindo novas áreas geográficas e causando impactos devastadores na saúde e bem-estar animal. A doença põe em risco a segurança alimentar global e a subsistência daqueles que dependem da avicultura. Também levou a uma taxa alarmante de mortalidade de aves selvagens e afetou outros animais selvagens, incluindo mamíferos marinhos e terrestres.
Segundo a WOAH, embora afete principalmente aves domésticas e selvagens, a gripe aviária pode ocasionalmente ser transmitida a mamíferos, incluindo humanos. Um número crescente de casos de gripe aviária H5N1 foi relatado em vários mamíferos terrestres e aquáticos, causando morbidade e mortalidade. Isso desperta uma preocupação crescente com a ameaça à saúde de animais domésticos e selvagens, à biodiversidade e, potencialmente, à saúde pública.
A situação atual destaca o risco de que a gripe aviária H5N1 possa se adaptar melhor aos mamíferos e se espalhar para humanos e outros animais. Além disso, alguns mamíferos, como o vison, podem atuar como vasos de mistura para diferentes vírus influenza, levando ao surgimento de novas cepas e subtipos que podem ser mais prejudiciais para animais e/ou humanos. Infecções recentemente relatadas em visons de criação são uma preocupação porque infecções de um grande número de mamíferos mantidos próximos uns dos outros exacerbam esse risco. Vários estudos estão em andamento para explorar ainda mais a virulência e a transmissibilidade (inclusive entre mamíferos) desses vírus. Em colaboração com sua rede de especialistas, a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) está monitorando de perto a situação para avaliar os riscos para animais e humanos.
Assim, cabe destacar as recomendações da entidade, a saber: manter a vigilância aprimorada de doenças em aves domésticas e selvagens; prevenir a propagação da doença implementando medidas estritas de biossegurança nas explorações avícolas. Em particular, intensifique a biossegurança em torno das fazendas de visons para evitar a introdução do vírus; controle dos movimentos de animais domésticos suscetíveis e seus produtos para evitar a propagação de doenças; proteger os seres humanos em contato próximo ou manuseando aves domésticas ou animais domésticos ou selvagens doentes. Pessoas expostas devem sempre tomar medidas de precaução, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), principalmente ao investigar mortes ou surtos. Uma recomendação especial é o monitoramento de animais domésticos e selvagens suscetíveis. Investigar qualquer aumento incomum de eventos de mortalidade em animais selvagens (mortes).
Dessa forma, julgamos importante a recomendação da WOAH de monitoramento do surgimento e o desenvolvimento de doenças animais em animais terrestres e aquáticos, domésticos ou selvagens, para que possamos agir antes que eles ponham em risco a saúde e o bem-estar animal, a saúde pública ou os meios de subsistência.
Cabe registrar que além da gripe aviária que foi a abordagem central deste ensaio, existem outras doenças animais que são desafiantes e devemos ficar alertas, a exemplo da varíola dos macacos, peste supina africana, febre aftosa, vírus Nipah e doença de Newcastle.
Registro um importante conceito da WOAH, “One Health”, saúde animal, saúde humana e saúde vegetal são interdependentes e estão ligadas aos ecossistemas em que vivem.

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